Estou na miséria, estou na miséria
Passei no teste sem saber a matéria.
Estou na miséria, estou na miséria
Os meus pais dizem que não sou séria.
Ouço falar, mas não estou a ouvir
Deixei de o fazer cedo demais
Tanto caminho ainda por vir
Às vezes, sinto que não quero mais
Não mais redoma,
Quero dançar, quero dançar para me redimir.
Simpatia cura, empatia é coisa rara
Até procuro, salto o muro, mas estou sempre à espera de cair.
Se por acaso, logo não caio, é mais à frente, quando me distraio.
Em todo o caso, se não caio agora, caio fora, para me prevenir.
Ai que miséria, eu sou tão séria
Quero parar para me divertir.
Esta letra é sobre ser redoma, enquanto corpo que sustenta as tormentas e enquanto ser exposto, na multidão, mas indiferente.
Se não trabalho, não faço um caralho
Se não tenho tempo, estou a perder tempo
Estou presa e sou (a) presa do meu próprio ser
Surpresa, esta presa não vai morrer
Redoma soma mais,
Mais um dos meus ais
Sou redoma, sou vitrine
É o ócio que me define.
Assisto e não passa disto.
Estou estagnada, por isso, esgotada.
Caio, magoada e não faço nada, não faço nada...
Quero falar, mas ninguém pra ouvir
Eu sei, porque leio os sinais
Tanto caminho ainda por vir,
Só imagino possíveis finais.
Luto com aquilo que ainda não sou, não faço por ser o que quero ser, mas faço tanto por parecer... faço tanto por aparecer…
Unfiltered emotional landscape taken through the sound of alt-rock. Music for all the amazing people dealing with mental health issues and all and all. Be Kind. Biruta Records